Dia Mundial do Meio Ambiente - Caminhada e Pedalada |
Qua, 22 de Junho de 2016 15:32 |

No último domingo conseguimos realizar, com muito sucesso, o “Abraço comemorativo ao Dia Mundial do Meio Ambiente” e que tinha por objetivo fazer uma demonstração da ansiedade da sociedade para a busca da preservação da conexão da Mata do Jambreiro com o Corredor Ecológico natural da Mutuca e Vale dos Cristais, bem como para exigir que os empreendimentos sejam sustentáveis, ambiental e socialmente.
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Apesar de ter sido programado com poucos dias de antecedência e divulgado apenas nas mídias sociais a presença de público superou as expectativas. Os organizadores foram a Frente do Vetor Sul, o SOS Nova Lima, a Promutuca e a ECO Jambreiro e receberam o apoio de várias ONGs e associações da região, como o Jardim de Petrópolis, o Vila Castela, o Vale dos Cristais, moradores do Vila da Serra, dentre outros. A caminhada começou na estrada ao lado da portaria do Ville de Montagne, na MG 030 e subiu em direção ao topo, local de onde foi possível ver de um lado a mata do Jambreiro, toda preservada, e de outro a devastação que cada dia cresce mais no Vale do Sereno. A partir do ponto em que aconteceu o Abraço, a continuidade da caminhada pelo Vale do Sereno não pode ser realizada em função da resistência do proprietário da Fazenda Rabelo, onde pretende construir o “novo Bairro”, ou seja, o Bellagio. A área estava cercada com arame farpado, porteira de ferro com cadeados e vários “seguranças”, todos uniformizados. Como o nosso movimento é pacífico, não houve qualquer tipo de enfrentamento, mesmo porque várias famílias faziam a caminhada com crianças, algumas até ”de colo”. Concluímos o “abraço” no topo da elevação existente, ao lado da cerca de arame farpado, e fizemos a caminhada de volta ao ponto original. A justificativa apresentada pelo empreendedor para barrar a passagem é que que a caminhada poderia oferecer um “risco às pessoas, e que ele poderia ser eventualmente responsabilizado” caso isto acontecesse. Se estava tão preocupado com a integridade das pessoas, bastava ser proativo e oferecer meios e condições para um percurso “sem riscos” (se é que algum existia). Ao contrário, colocou arame farpado e guardas. A incoerência fala por si só. Da mesma forma que as nossas indagações sobre a resistência à realização de audiência pública, estudos ambientais, estudos de vizinhança, tráfego, solução para esgoto, água, etc, estão sem respostas, agora fica mais uma pergunta no ar: por que não permitir uma caminhada ecológica, pacífica, de famílias com crianças, no dia Mundial do Meio Ambiente? Ou será que algo há a ser escondido?
Walmir Braga |